Fracasso
“E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em TODA boa obra;” - II Corintios 9:8
Em nosso meio sempre vamos deparar com dois tipos de pessoas: as que esperam acontecer e as que fazem acontecer.
As que esperam, são acomodadas, estão satisfeitas com tudo ao redor, muitas vezes não tentam fazer algo diferente, pura e simplesmente por medo de fracassar, deixam de ter experiências marcantes porque se trancam no conforto de seus quartos e ainda dão graças a Deus por estarem protegidas do mundo.
As que fazem acontecer, são consideradas loucas, inconsequentes, muitas vezes são incompreendidas, ridicularizadas até, tudo porque ousam, porque sonham e porque desejam fazer algo que vai contra o usual, o natural, o “certinho”. Não vêem o fracasso como um fim de estrada, mas como o começo de uma nova jornada.
John Pierpont, se formou professor com entusiasmo e idealismo pela universidade que seu pai ajudou a fundar, no magistério, logo se revelou um fracasso, pois era mole demais com os alunos, e assim mudou de ramo, resolveu tentar um estágio como advogado, mas foi logo derrotado pelo fracasso, pois era generoso demais com os clientes e excessivamente escrupuloso, o que o levava a escolher as causas que davam menos dinheiro. Desistiu da advocacia e abriu um armazém mas novamente fracassou, tudo porque era incapaz de cobrar preços que lhe dessem lucro e não resistia aos pedidos de fiado. Entre uma profissão e outra, Pierpont escrevia poesias que, apesar de serem publicadas, não lhe rendiam direitos autorais suficientes pra viver de seus versos, ou seja, fracassou como poeta. Estudou teologia na Universidade de Harvard, e foi pastorear uma igreja em Boston, mas suas posições a favor da lei seca e contra a escravidão, o puseram em confronto com os membros mais influentes da congregação, e ele foi obrigado a renunciar. Fracasso como pastor. Foi indicado como candidato do Partido Abolicionista ao cargo de governador de Massachussets e perdeu a eleição, não desistiu e candidatou-se ao senado pelo Partido Terra Livre e mais uma vez foi derrotado. Com a guerra civil em andamento, e ele se apresentou como capelão ao 22º Regimento de Voluntários do Estado de Massachussets, pediu baixa quinze dias mais tarde ao descobrir que não tinha estômago para as guerras. Mais um fracasso. Alguém lhe conseguiu um emprego muito humilde numa das subestações do Ministério da Fazenda em Washington, e lá ele passou seus últimos anos de vida, abrindo e fechando gavetas de arquivos. Morreu em 1866 aos 81 anos, como um perfeito fracassado, não conseguiu fazer uma única das coisas que tentou, nem pode ser uma única das personagens que escolheu.
Você deve estar pensado: parece que ser um sonhador, ser alguém que faz acontecer, não é tão bom assim, esse homem, sonhou, lutou fez tudo que pode e no entanto só colecionou fracassos!
Muitas vezes é essa a sensação que vamos ter, a sensação de que está tudo dando errado, de que nada dá certo, que toda a luta que tivemos foi em vão, que nossos sonhos se tornaram num grande pesadelo. Mas isso não é verdade! É nos momentos mais difíceis, quando nos sentimos mais desamparados, quando parece que chegamos ao fundo do poço, que Deus de revela e nos mostra que estamos no caminho certo, que os percalços não estão lá pra nos destruir, mas pra nos fazer crescer, pra nos fortalecer, pra nos preparar pra uma jornada ainda maior. Antes de correr, você teve que aprender a andar e antes disso a engatinhar, e não foram poucos os tombos, no entanto, nenhum bebê desiste de andar, porque encontra em seus pais a ajuda e o amparo pra continuar tentando.
Não desista de sonhar, deseje sempre alçar vôos mais altos, não se satisfaça com a mediocridade busque o melhor de Deus pra sua vida, mesmo que isso pareça loucura, mesmo que as pessoas te olhem e riam, dizendo: “Quem é você?” ou “Você? Você nunca vai conseguir, isso é loucura!”
Não mesmo! Não tenha medo de fracassar, ouse! Não tenha medo de tentar, acredite! Não tenha medo de lutar, encare!
Infelizmente, John Pierpont, não pode ver que seus “fracassos”, não foram tão retumbantes assim: a educação foi reformada, os procedimentos legais foram modificados, criaram-se leis de proteção ao consumidor e é claro, a escravidão foi abolida. Pierpont se empenhou por maior justiça social, lutou o mais que pode para transformar-se num ser humano digno, engajou-se nas maiores questões de seu tempo e jamais perdeu a fé no poder da vontade, nisto sim, teve sucesso. Mas ele não foi o único a passar por esse tipo de situação, muitos homens e mulheres, durante a historia experimentaram fracassos na luta por seus sonhos e ideais, mas um pequeno detalhe, torna a história de Pierpont muito especial:
Uma vez por ano, todos festejamos um de seus sucessos, é uma música muito simples que fala do prazer de deslizar pela neve num trenó puxado por um cavalo e ouvir o riso dos amigos, é de John Pierpont a autoria de Jingle Bells...
Escrever uma canção que celebra a mais simples das alegrias, uma canção que milhões de pessoas cantam ao redor do mundo, gente que às vezes, nunca viu neve ou nem sabe o que é um trenó, uma canção que todos reconhecem aos primeiros acordes do piano, isto sim é um verdadeiro e grandioso sucesso!
Você está preparado para a vitória? Sim, porque ela é certa! Ainda que não pareça, ainda que as adversidades da vida nos façam acreditar que chegamos ao fim, Deus sempre nos surpreende o nos reserva algo especial. Creia que as promessas que Ele te fez vão se cumprir, que os sonhos que Ele colocou em seu coração vão se realizar e que Ele vai estar sempre ao teu lado te amparando e te ajudando a levantar. Não desista de sonhar nunca, mesmo que pareça improvável ou até mesmo impossível, faça parte do grupo que faz acontecer!
Há um provérbio árabe que diz:
“Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio, quem não quer fazer nada encontra uma desculpa”.